Portugal, a UE, e textos jurídicos

Há cada vez mais textos jurídicos, obrigatórios, escritos em inglês. Uma tradução desses textos para português, por razões jurídicas, deve ser tão fiel ao original quanto possível. É costume seguir esta regra: a uma frase do texto original deve corresponder uma frase de tradução, e a uma oração secundária, outra oração secundária. Além de que todos os pontos e vírgulas devem estar na tradução como estão no original. Ora este princípio faz com que os textos portugueses sejam difíceis de ler, pela simples razão dessas frases terem sido redigidas a partir do complicado estilo burocrático inglês.

Textos arrevesados da UE

Kenneth Larsson, membro da comissão de protecção à língua sueca, num relatório enviado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, diz que os textos arrevesados da UE constituem um risco contra a segurança jurídica, e pergunta-se o que se ganha em ler um documento que não é possível entender-se.


© Hans Malv, 2004